segunda-feira, 29 de novembro de 2010

pensamento chicletoso

E eis que depois de escrever que Hate it Here estava na minha cabeça, fui ler a coluna do Antonio Prata, no Estadão. O tema? Coisas que grudam como chiclete. Taí:


Pensamento Chicletoso
Na maior parte das vezes é um trecho de música, mas pode ser também fala de filme, verso de poesia ou uma frase solta, sem qualquer sentido aparente - é o que, na falta de nome melhor, chamo de pensamento chicletoso. Ele chega sorrateiro, você nem percebe: quando se dá conta, já está lá, instalado no trapézio da consciência como um cunhado na poltrona da sua casa, numa tarde de domingo, grudado aos seus neurônios como chiclete na sola do sapato.

Anteontem, por exemplo, acordei de ressaca, entrei numa ducha fria e, assim que a água bateu na testa, revolvendo ideias há muito adormecidas nas catacumbas da memória, vi-me repetindo, inteirinha, a fala do vilão de um dos piores desenhos animados que já existiram, Thundercats: "Antigos espíritos do mal, transformem essa forma decadente em Mumm-Ra! O de vida eternaaaaa!". Faz quase 48 horas que, a cada 20 minutos, mais ou menos, minha vida é interrompida pela evocação maligna de "Mumm-Ra, o de vida eternaaaa!". É como um vício: cigarro mental ao qual volto inúmeras vezes, do momento em que abro os olhos até a hora de fechá-los novamente.

O texto na íntegra está aqui.

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