segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Essênios II

"Sê um ser que quer, sê um ser que quer — tinham-me repetido tantas vezes nos meus tempos de estudo. — Cada vez que baixas o braço, tua energia vital evola-se do teu corpo em vôo rápido, vai juntar-se a uma força comum, a grande emergência dos reveses humanos; ela vai envenenar um pouco mais a Terra, encerrar-te com mais segurança em tua negatividade. O desespero é uma pirâmide invertida que mina os mundos! Uma máquina complexa perde facilmente suas engrenagens; portanto, sê simples, livra-te de tudo o que todas as manhãs, quando rolas na tua esteira, te faz dizer: 'Eu sou eu'; joga fora tuas couraças de forças vãs e gélidas; faz-te pequeno até te infiltrares na trama do vento, faz-te bem pequeno..."

domingo, 18 de agosto de 2013

Essênios

Todo homem deveria conhecer a terra — disse-me um dos Irmãos que nos iniciava no seu rude trabalho. — A terra não é apenas este ajuntamento de poeiras negras ou vermelhas sobre as quais o homem se desloca, a terra é um fermento, um mundo, uma multidão de pequenos seres que refletem a vida do Pai em si próprios. Uma vida que existe, e que pensa, para ser querida por Ele, por nós, a cada instante através dos éons. Em contato com o solo, pés na argila, os Irmãos de Essânia devem aprender a falar ao grão de vida do grão de vida e assim por diante, ao infinito; isto para esquecer o que conhecem de seus corpos, para modelar-se tão pequenos, tão grandes como esta partícula de existência. Este grão de vida é o Uno, e nós somos os filhos do Uno. Eis por que devemos procurar a identificação com a poeira ínfima que o vento joga em nossos olhos. A identificação é a chave da compaixão e a compaixão é a chave do Pai, a chave do Homem.