domingo, 18 de agosto de 2013

Essênios

Todo homem deveria conhecer a terra — disse-me um dos Irmãos que nos iniciava no seu rude trabalho. — A terra não é apenas este ajuntamento de poeiras negras ou vermelhas sobre as quais o homem se desloca, a terra é um fermento, um mundo, uma multidão de pequenos seres que refletem a vida do Pai em si próprios. Uma vida que existe, e que pensa, para ser querida por Ele, por nós, a cada instante através dos éons. Em contato com o solo, pés na argila, os Irmãos de Essânia devem aprender a falar ao grão de vida do grão de vida e assim por diante, ao infinito; isto para esquecer o que conhecem de seus corpos, para modelar-se tão pequenos, tão grandes como esta partícula de existência. Este grão de vida é o Uno, e nós somos os filhos do Uno. Eis por que devemos procurar a identificação com a poeira ínfima que o vento joga em nossos olhos. A identificação é a chave da compaixão e a compaixão é a chave do Pai, a chave do Homem.

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