quarta-feira, 28 de setembro de 2011

é tim!



Coisa mais linda do mundo o vídeo do show do Tim Maia, na inauguração do teatro Bandeirantes (SP), em agosto de 1974. Tem uma parte aqui: http://youtu.be/ssw-nflAugM em que ele canta Réu Confesso, Azul da Cor do Mar, Primavera e Imunização Racional. Bem tranquilo, voz limpinha e mó gingado!

Tim faria hoje 69 anos.


O que me importa
Essa tristeza em seu olhar
Se o meu olhar
Tem mais tristezas
Pra chorar
Que o seu
O que me importa
Ver você tão triste
Se triste fui
E você nem ligou

E a
qui tem Vale Tudo em versão remixada, postada pelo Alexandre Matias, do Trabalho Sujo!
Coisa fina!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Vale Tudo, O Musical



Foram 3 horas de espetáculo com 10 minutos de intervalo! Não sou um consumidor ávido de teatro, mas das poucas vezes em que fui, nunca encontrei uma produção tão exuberante! Uma banda tocando ao vivo, cantores sensacionais, um roteiro que conta muito bem(méritos ao Nelson Motta, memoria viva dos bastidores da MPB) uma história por si só emocionante, cenários, enfim... tudo acrescentava muito ao espetáculo!
A atuação do Tiago Abravanel é espetacular, sua aparência e voz empolgam, etc. Mas muito além disto, o show é simpático com o público e empolga a ponto de fazer a gélida plateia curitibana querer entrar no palco e fazer do musical um show de fato!
Claro que tudo isto não funcionaria se o mote da peça não fosse a extravagante e extraordinária vida e obra do maior cantor brasileiro: Tim Maia!
Se alguém tiver a oportunidade de ir, vale cada centavo! Me arrependo de ter comprado 1o Balcão ao invés de Platéia.



Obs: estou ensaiando este post desde sábado, mas agora me empolguei com o post da Elisa!


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Cortem as Cabeças!

Hoje, antes de ir pra aula, eu fui em uma palestra de lançamento do livro “Fé em Deus e Pé na Tábua” do antropólogo Roberto da Matta.

De acordo com a palestra, o autor defende na obra que o mal comportamento do motorista brasileiro é reflexo da nossa construção torpe como sociedade.

As origens dos índices horríveis e absurdos de mortes, acidentes e atropelamentos no trânsito no Brasil são as mesmas que originam a corrupção, a ineficiência do serviço público, os índices de criminalidade, os abusos de poder, etc, etc, etc: a herança da sociedade hierarquista da coroa portuguesa e a religiosidade.

Enquanto a cultura hierarquista, da qual nós não conseguimos nos libertar, divide a sociedade entre poderosos e não poderosos, onde quem tem mais dinheiro, mais poder, tem menos obrigações e maior acesso à benefícios, a religiosidade permuta a busca por condições melhores de vida para o além, tornando o brasileiro menos combativo com relação as injustiças, etc, etc, etc.

E este é um problema da sociedade brasileira como um todo, porque todos os brasileiros gostam de privilégios, todos os brasileiros detestam igualdade, todos os brasileiros encontrando-se em uma situação de poder, utilizam-no de forma aristocrática, favorecendo os próximos e os interesses próprios. O exemplo que o autor da é o motorista de ônibus, mesmo ele sendo pertencente a mesma classe social da maioria dos cidadãos, estando ele momentaneamente numa condição mais favorável, trata os pedestres, os passageiros e os motoristas em carros menores, de forma violenta, impondo sua condição de superioridade.

Um ponto importante tocado pelo autor, é a discussão de cidadania no Brasil: “no Brasil só se discute cidadania a partir dos direitos e ignoramos as obrigações”! Ninguém quer pagar impostos, ninguém quer dor de cabeça com política, mas todos queremos que os recursos sejam bem gastos, evitando desperdício! Queremos que os nossos governos ajam como os governos suécos, finlandeses e suíços, porém, nós continuamos agindo como brasileiros.

Saí da palestra com a nítida impressão de que não deveria ter ido, pois, apesar de excelente palestrante, o assunto só piorou meu pessimismo com o desenvolvimento do Brasil como sociedade.

Num destes momentos de pessimismo patriótico, fiquei pensando que outro país combinou de forma tão perversa os dois elementos fundamentais pro nosso atraso: a cultura monarquista hierárquica e religiosidade? A resposta que me sucedeu foi a França pré-revolução. Automaticamente um pensamento nefasto me ocorreu: “Será que pra nos livrarmos destas amarras precisaremos de um movimento tão violento e intenso quanto a revolução francesa? Será a solução pros nossos problemas uma era do terror?”

Me acalmei, rumo a faculdade, com a imagem da Rainha de Copas, da obra prima de Lewis Carroll, gritando à esplanada: “Corrrtem as cabeças!! Corrrrtem as cabeças!”

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Home!

O tchan de ouvir rádio é que as vezes eles tocam umas musicas boas, e a felicidade é tanta! Uma bela surpresa destes dias chuvosos de trânsito caótico foi ouvir Edward Sharpe and The Magnetic Zeroes!



terça-feira, 6 de setembro de 2011

Dica do meu pai

Meu pai me leu esta poesia, dizendo que era o que todo pai deveria ensinar para todo filho!

Se.. de Rudyard Kipling

Se és capaz de manter a tua calma quando
Todo o mundo ao teu redor já a perdeu e te culpa;
De crer em ti quando estão todos duvidando,
E para esses no entanto achar uma desculpa;
Se és capaz de esperar sem te desesperares,
Ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
E não parecer bom demais, nem pretensioso;

Se és capaz de pensar --sem que a isso só te atires,
De sonhar --sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se encontrando a desgraça e o triunfo conseguires
Tratar da mesma forma a esses dois impostores;
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas
Em armadilhas as verdades que disseste,
E as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas,
E refazê-las com o bem pouco que te reste;

Se és capaz de arriscar numa única parada
Tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
Resignado, tornar ao ponto de partida;
De forçar coração, nervos, músculos, tudo
A dar seja o que for que neles ainda existe,
E a persistir assim quando, exaustos, contudo
Resta a vontade em ti que ainda ordena: "Persiste!";

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes
E, entre reis, não perder a naturalidade,
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
Se a todos podes ser de alguma utilidade,
E se és capaz de dar, segundo por segundo,
Ao minuto fatal todo o valor e brilho,
Tua é a terra com tudo o que existe no mundo
E o que mais --tu serás um homem, ó meu filho!

Obs: me lembrou de Rocky Balboa!

Citações

Quando você perceber que, para produzir precisa obter a autorização de quem não produz nada; que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho; que as leis não nos protegem deles mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício, então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada. - Ayn Rand