quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Conflito de interesses!


Entrevistador: Nos estamos aqui com o Charles Ferguson, diretor e criador do filme Trabalho Interno, um extraordinário e *heart giving(não consegui ouvir direito, e não encontrei uma definição para o que eu ouvi) filme sobre a crise que eclodiu em 2007 e nos 20 anos anteriores que levaram à crise e as consequências que sucederam para a nossa sociedade, nossa política e nossa economia... Charles obrigado por estar aqui hoje - Obrigado por me receber - Eu tenho ido a vários colégios e eu penso que a questão da ética universitaria e a ética individual dos professores tiveram uma importante dimensão, um papel muto significativo na crise... eu me lembro que sua argumentação era de que a industria de serviços financeiros detinha uma influênica que a maioria das pessoas nao entendiam... você usou palavras muto fortes: "eles corromperam o estudo economico". Como isto se manifesta?
Charles Ferguson: Eu penso que a corrupção tem sido muito real e diretamente ligada ao financiamento (do estudo economico) , claro que existem outros fatores operando nas ciencias economicas... as pessoas tem suas visões políticas, suas ideologias, questões eleitorais, e estes fatores também influenciam em quem é contrato e quais artigos são publicados... então existem outros fatores... mas, pelo menos nesta area, na questão de regulamentação das grandes industrias, especialmente a industria de serviços financeiros, não só de serviços financeiros, também vi este tipo de situação nos setores de telecomunicação e energia por exemplo, mas o setor de serviços financeiros é o maior e mais importante e mais ferrenho defensor da desregulamentação! Eu não tenho duvida, que eles tem financiado diretamente publicações, eles tem sido o agente principal, e eles agem tanto diretamente, pagando quantias enormes de dinheiro para os professores que suportam sua industria, mas também existe um poder indireto... se você esta tirando um PhD e o seu orientador é uma destas pessoas ligadas a industria, você vai ser bem cuidadoso sobre o que defende... e se você esta tentando publicar um artigo, onde estas pessoas são do editorial do jornal, e são as pessoas que vão te contratar quando você for trabalhar, eu penso que existe um fim bem perverso... um efeito sinistro... isto é realmente não é muito diferente dos círculos viciosos que comumente associamos a este tipo de problema... se olharmos aos quadros de diretores de Harvard, Columbia, Universidade da California, primeiramente você vera pessoas do mercado financeiro, e em um segundo plano existe uma fonte rica de financiamento de estudos, e quem são esta fonte? São as pessoas ricas... E hoje em dia quem são as pessoas ricas? São as pessoas do mercado financeiro.

Obs: Peço desculpas pela tradução nas coxas! Se alguém se dispuser a melhorar, fique à vontade!
Obs 2: Recomendo fortemente o filme Trabalho Interno!
Obs 3: Acredito que as grandes corporações são tão podres, corruptas e ineficiente quanto o setor público! Acho que o problema não é este ou aquele sistema econômico, mas sim, o gênero humano! Ô racinha viu!

Dune

It's simple to be complicated. The complicated is to be simple.

But you turned out to be more complicated than your reputation.

And I like complicated.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Latin lover


Zindagi Na Milegi Dobara is a 2011 bollywood's movie shot in Spain. As every indian movie, it's about love.


If there's an oriental culture similar to what latin culture represent for the ocidental world, it is the indian one. If there's any kind of bond between we and India, it isn't our emerging markets, it's our way of thinking of and falling in love.

And I just love this song. Thanks to the sundara laṛakī, Srishti!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

It's not about fun, it's about the truth!

Agonizante social-democracia
Rodrigo Constantino, O GLOBO

A crise financeira voltou a assombrar o mundo. Assim como em 2008, a busca por bodes expiatórios é automática. Os especuladores são o alvo preferido nessas horas. Mas poucos têm focado no cerne da questão. O que está em jogo é a própria sobrevivência de um modelo de sociedade: a social-democracia.O sonho “igualitário” conquista corações há séculos.

O socialismo foi seu grande experimento no século 20. Deixou um rastro de miséria, terror e escravidão por onde passou. Seus “órfãos” encontraram refúgio na social-democracia europeia, uma espécie de “socialismo light”. Todos teriam “direito” a uma vida digna, garantida pelo Estado.Buscando se perpetuar no poder, os políticos faziam leilões de promessas irrealistas. Aquele que oferecesse mais benesses ao maior número de pessoas seria eleito. As “conquistas” trabalhistas foram se amontoando, concomitantemente à perda de competitividade das economias. Todos passaram a esperar tudo do governo, de mão-beijada.

Se os produtos importados são mais baratos, o governo cria barreiras protecionistas. Se a produção agrícola é ineficiente, o governo oferece subsídios. Se a empresa falir, o governo a salva. Se a produtividade é baixa, o governo aumenta o salário por decreto. Se trabalhar duro é “desumano”, o governo limita a quantidade permitida de horas trabalhadas.A economia fica menos competitiva. O governo ataca os sintomas. Se o empregado é demitido, ele pode viver à custa do governo por vários anos. Ele conta com ampla rede de proteção, tudo “grátis”. O mecanismo de incentivos é perverso, desestimulando a produção e alimentando o parasitismo. Ser funcionário público, com mais privilégios ainda, torna-se a meta de muitos.Para agravar o quadro, o governo criou um verdadeiro esquema piramidal de Previdência Social. As pessoas se aposentam cedo, mesmo vivendo mais. E a aposentadoria guarda pouca relação com o que foi efetivamente poupado durante os anos trabalhados. Trata-se de um esquema Ponzi de transferência de recursos.

 Esta ilha da fantasia pode ser mantida enquanto houver demografia favorável. Mas, inevitavelmente, a conta terá de ser paga. O inverno um dia chega para as cigarras. Com o envelhecimento da população, o sistema implode. A entrada da China na globalização foi responsável por um dos maiores choques de produtividade da história. São milhões de formigas dispostas a produzir tudo mais barato. Os bancos centrais, cúmplices dos governos deficitários, puderam manter estímulos artificiais sem grandes impactos na inflação. O mundo todo crescia. Era a “Grande Moderação”. As cigarras estavam felizes.Mas o inverno chegou. A bolha de crédito explodiu, sendo absorvida por governos já demasiadamente endividados. O déficit fiscal saiu de controle, e a dívida pública passou de 100% do PIB em alguns casos. Com carga tributária já na casa dos 50% do PIB, os governos ficaram sem margem de manobra. Resta cortar drasticamente os gastos públicos, desmontando o Estado social.Claro que este encontro com a dura realidade incomoda muita gente. Inúmeras pessoas se acostumaram com a “dolce vita” das cigarras. A tensão social cresce visivelmente nas ruas. A alternativa tentadora é imprimir moeda.

Mas a Europa não conta com a mesma flexibilidade dos EUA, e a Alemanha representa um obstáculo à “solução” inflacionária. Ela já viu o diabo da hiperinflação de perto e sabe como ele é feio. Não há saída fácil para esta sinuca de bico. A crise é fruto de décadas de gastos públicos crescentes, gradual perda de competitividade econômica e envelhecimento populacional. O euro, uma criação política, fez os países mais irresponsáveis ganharem tempo. Mas chegou a hora da verdade.

O modelo de bem-estar social europeu está em xeque, ainda que Obama queira seguir no mesmo caminho. Por isso o Tea Party gera tanta revolta. Os social-democratas gostariam de crer que é possível viver eternamente no conto de fadas. Estão apavorados com a idéia de que finalmente a fatura dos anos de farra irresponsável chegou. Com juros. “No longo prazo estaremos todos mortos”, disse um dos ícones desta mentalidade hedonista. Mas o longo prazo chegou. E se Keynes já morreu, muitos ainda estão vivos. É a social-democracia keynesiana que corre risco de vida.

E o Brasil? Seguimos aqui o mesmo modelo falido. Enquanto a China e a demografia ajudarem, a farra poderá continuar. Mas um dia a fatura chegará para os brasileiros também. Podem anotar.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Velho e o Mar

..."Isto acabará por mata-lo", pensou o velho. "Não pode continuar assim toda a vida." Mas quatro horas depois o peixe ainda continuava a nadar compassadamente para o largo, rebocando a canoa, e o velho continuava firmemente instalado com a linha pelas costas e as duas mãos a segurá-las com quanta força tinham ainda seus velhos músculos.
- Era meio-dia quando o pesquei, disse. E ainda nem sequer o vi.
Puxara o chapéu de palha dura para frente antes de agarrar o peixe e agora estava a cortar-lhe a testa. Tinha sede também e ajoelhou-se, com cuidado para não abanar a linha, movendo-se dificilmente para onde estava a garrafa de agua que finalmente conseguiu agarrar com uma mão. Abriu-a e bebeu um trago. Depois encontou-se ao mastro. Ficou sentado, descansando, e tentou não pensar: apenas aguentar.
Depois olhou par atrás e verificou que já não via terra. "Não faz diferença", pensou. "Para voltar posso sempre guiar-me pelo resplendor de Havana. Ainda faltam duas horas par ao pôr do Sol e pode ser que ele venha à tona antes disso. Se assim não for, pode ser que venha para cima com a lua. E se isso também não acontecer, pode ser que se decida a vir à tona com o nascer do Sol. Não tenho cãimbras e sinto-me forte. Quem tem o anzol na boca é ele. Mas que peixe dve ser para puxar desta maneira! Deve ter a boca fechada sobre o anzol. Gostaria de poder vê-lo. Gostaria ver uma só vez para saber o que tenho pela frente."...


Muita vontade de ir pra Cuba, fugir deste frio besta!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Futebol

Das planícies sul americanas, do coração do Brasil: Gilmar, Djalma Santos, Bellini, Orlando e Nilton "A Enciclopedia do Futebol" Santos, Zagallo, Zito, Didi, Garrincha, Pelé e Vavá:



domingo, 7 de agosto de 2011

Andança

Me parece a trilha sonora perfeita pra fechar esta agradável surpresa que foi este domingo de Sol no meio do friorento inverno curitibano! Bom começo de semana pra todos!


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Le Mépris II

J'ai remarqué que plus on est envahi par le doute, plus on s'attache à une fausse lucidité d'esprit avec l'espoir d'éclaircir par le raisonnement ce que le sentiment a rendu trouble et obscur.

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Notei que quanto mais duvidávamos, mais voltávamos a uma falsa lucidez. Na esperança de racionalizar, sentimentos ficaram turvos e obscuros.

Le Mépris