sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Old Boy
O filme traz uma atmosfera e uma linguagem de mangá, para tratar de temas humanos como tratavam os gregos em seus clássicos! É um destes filmes que faz você pensar: "que porra é esta?" assim que você termina. Te deixa pensando sobre a fotografia, as cenas em plano-sequência, a história e principalmente te deixa desesperado pra encontrar alguém que tenha assistido!
Além disto, também fiquei me remoendo por não ter lembrado dele quando escrevi sobre A Pele Em Que Habito.
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Pra gente dançar
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
we will wait
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Karma
Pois é... o que sera que a Mia Farrow pensou quando encontrou as fotos de sua filha adotiva de 15 anos pelada nas gavetas do maridão? O que eu penso é que, quando menos se espera o Karma aparece com um soco no estomago e retoma a força o equilibrio nas relações humanas!
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Meu filho, você não merece nada.
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Democracia, e dai?
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
everything we said it wasn’t
night running through the fog
love is a beercap
stepped on while on the way
to the bathroom
love is the lost key to your door
when you’re drunk
love is what happens
one year in ten
love is a crushed cat
love is the old newsboy on the
corner who has
given it up
love is what you think the other
person has destroyed
love is what vanished with the
age of battleships
love is the phone ringing,
the same voice or another
voice but never the right
voice
love is betrayal
love is the burning of the
homeless in an alley
love is steel
love is the cockroach
love is a mailbox
love is rain upon the roof
of an old hotel
in Los Angeles
love is your father in a coffin
(who hated you)
love is a horse with a broken
leg
trying to stand
while 45,000 people
watch
love is the way we boil
like the lobster
love is everything we said
it wasn’t
love is the flea you can’t
find
and love is a mosquito
love is 50 grenadiers
love is an empty
bedpan
love is a riot in San Quentin
love is a madhouse
love is a donkey standing in a
street of flies
love is an empty barstool
love is a film of the Hindenburg
curling to pieces
a moment that still screams
love is Dostoyevsky at the
roulette wheel
love is what crawls along
the ground
love is your woman dancing
pressed against a stranger
love is an old woman
stealing a loaf of
bread
too much and
much
too soon
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Ornette
sábado, 13 de outubro de 2012
Chilly Gonzales
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Só mais um Cazuza
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Eterno Cazuza
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
torrente
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Allo Darlin
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
O Sr. das Moscas
"Não há nenhum adulto aqui?" Esta constatação permeia a historia do bando de garotos abandonados em uma ilha, após uma fracassada fuga de um possível (imaginário?) ataque nuclear à sua cidade natal.
Na tentativa de criar sua própria sociedade, moldada na torpe imagem que possuíam do sistema, as crianças deixam transparecer a vocação do espirito humano livre!
O autor, William Golding, que lutou na Marinha Britânica a II Guerra Mundial, usa esta alegoria, narrada com um ritmo alucinante do começo ao fim, para demonstrar todo seu otimismo no movimento humanista: "Qualquer pessoa que tenha passado por esses acontecimentos terríveis sem entender que o homem produz o mal como abelha produz o mel estava cega ou louca" !
É o tipo de livro que faz você se arrepender por não ter lido antes!
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Da série: Quem é quem na ordem do dia.
Sabe Com Quem Está Falando? from Santos Idag on Vimeo.
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Grandes mamas assassinas!
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
The Tao of Sufi
sexta-feira, 20 de julho de 2012
O dia do...
domingo, 8 de julho de 2012
Álbuns peremptoriamente eternos!
terça-feira, 26 de junho de 2012
gipsy
(o clip original é esse http://www.youtube.com/watch?v=SkkIwO_X4i4, mas essa é minha versão preferida)
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Um Lugar Para Viver
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Yusuf Islam (Cat Stevens)
Belíssima canção! Uma das minhas favoritas!
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Otimismo!
- Não, não... ta tudo tranquilo (respondo para um senhor que tenta me ajudar de forma atabalhoada)
- Oh guri... Se ajudando uns aos outros já é difícil, sem ajuda aí não temos salvação mesmo! Tamo danado de vez!
- Bom... obrigado... (enquanto penso: "taí uma verdade boa de se escutar!)
- Fica com Deus guri!
terça-feira, 22 de maio de 2012
tudo em tempo
o ódio transforma-se em tempo, o amor
transforma-se em tempo, a dor transforma-se
em tempo.
os assuntos que julgámos mais profundos,
mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis,
transformam-se devagar em tempo.
por si só, o tempo não é nada.
a idade de nada é nada.
a eternidade não existe.
no entanto, a eternidade existe.
os instantes dos teus olhos parados sobre mim eram eternos.
os instantes do teu sorriso eram eternos.
os instantes do teu corpo de luz eram eternos.
foste eterna até ao fim.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
O sistema é mau, mas minha turma é legal!
Coloco o despertador para as 08:30, que infalivelmente funciona, e já no primeiro minuto do dia coloco em cheque meu engajamento: "porra, ta frio, ta chovendo, não vai ter ninguém la... foda... " São os primeiros pensamentos da manhã... seguidos por: "você combinou com seus amigos, vá!"
Saio da cama e em 10 minutos, sem café e sem vontade, estou entrando no ônibus rumo a aglomeração! Ponto de ônibus vazio, ônibus vazio e estomago vazio! Onde estão as hordas de insatisfeitos? Cade os revoltosos? A imagem de meu pai, de pijama antes de dormir, me vem a cabeça: "o Brasil não tem maturidade... "
Troco de ônibus e vejo algumas pessoas bem novas, em torno de 18 anos, segurando cartazes e penso: "meus companheiros!! que emoção!". Timidamente pergunto se estão indo para "O dia do Basta!" e mais timidamente eles respondem que sim!
Descemos juntos na Praça Osório e aproveito para tirar uma foto destes três valorosos jovens brasileiros! Vamos andando até a Boca Maldita onde 500 pessoas se acotovelam para ouvir o Megafone chinês que expele palavras de ordem.
Vou ao ponto de encontro combinado na véspera, para encontrar meus amigos! Ninguém apareceu... ainda! Aos poucos, vão me ligando e vão me encontrando ao longo do belo calçadão da XV. Não sem antes comprarem café, cigarros, cerveja e reclamarem do frio... Para minha surpresa, até minha mãe e meu irmão caçula, que não saem da cama antes do meio-dia por nada, se juntaram a jocosa marcha da corrupção curitibana. A adesão é baixíssima e merecemos a atenção proporcional à nossa mediocridade: notas de roda-pé em alguns meios de comunicação.
A minha opinião é que: o Brasil 10 anos atrás era um lixo, a 20 anos atrás era, nas palavras do economista Mendonça de Barros: "o cocô do cavalo do bandido", e hoje ele esta só ruim, de modo que para as pessoas é algo excelente!
Apesar de tudo, vou pra casa feliz: não moro no país ideal, mas tenho os melhores amigos, que me acompanham nas maiores furadas!
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Hiper Realismo!
retirado do site da artista: http://www.leepricestudio.com/
segunda-feira, 7 de maio de 2012
O jardim
domingo, 29 de abril de 2012
às moscas
We are your friends
quarta-feira, 11 de abril de 2012
O dia do Basta!
Durante o Séc.XVIII, o Brasil Colônia pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal. Esse tributo incidia sobre tudo que fosse produzido e correspondia a 20% (ou seja,1/5) da produção e recaía, principalmente, sobre a nossa produção de ouro.O ¨Quinto¨era tão odiado pelos brasileiros que, quando se referiam a ele, diziam: O Quinto dos Infernos. Hoje estamos próximos de pagar 2/5.
Uauuu... e lá vamos nós, tem a turma que reclama, a que fala mal do governo, e os que falam mal da sociedade, ¨cada povo tem o governo que merece, a sociedade é que não sabe votar¨ a próposito, quem fala mal da sociedade ou esta a falar mal de si mesmo, ou esta se excluindo e falando mal de nós.
Humm.... Tá... e daí ?
Daí que, olha a oportunidade de fazer alguma coisa. Eu que sou sózinha, uma no meio de 190 milhões de brasileiros, posso somar com voce, com ele,com ela, e assim deixamos de ser um eu sózinho a falar com as paredes.
Para saber mais: http://www.diadobasta.tk/.
Dia 21 de abril, em Curitiba, na Boca Maldita as 10:00h, acontece uma manifestação pacífica, apartidária, sem filiações com sindicatos ou qualquer outra instituição, o Dia do Basta acontece em todo Brasil.
Reivindicações:
- Voto Aberto no Congresso
- Pelo Fim do Foro Privilegiado
- Corrupção Ser Considerado Crime Hediondo
Na última manifestação que aconteceu em Curitiba, haviam uns míseros gatos pingados que acreditam que uma pequena ação é melhor do que nenhuma, porém, quanto maior a adesão nossa, a sociedade no caso, maior é a legitimidade do movimento, por isso, venho convida-lo a dar corpo ao Dia do Basta, talvez consigamos surtir algum efeito, talvez não, mas tentar é melhor do que nada fazer.
Boca Maldita, dia 21 de Abril, 10:00h.
Sábado, para não atrapalhar o transito por que nosso negócio não é atrapalhar, 21 de abril dia da Inconfidência Mineira. Há sim, foi o dia em que um cara chamado Joaquim José da Silva Xavier revoltou-se com a execução do "derrama" e o domínio português.
Como todo e-mail, óbvio e evidente, vou pedir para você convidar seus amigos, inimigos, gato, cachorro, periquito e papagaio, pode ainda imprimir algumas folhas e entregar para alguém que você não sabe o end. eletrônico, não precisa ser muito, pouco já esta de bom tamanho.
P.S :Ninguém será enforcado por participar do Dia do Basta.
Jacira Fortes Kawakami Tristão
Obs: Jacira é uma senhora que se irritou com as minhas constantes reclamações deste país e vai, apesar de seus afazeres e sua infinita preguiça, participar do dia do basta! E mais do que participar, vai imprimir a mensagem acima e distribuir.
Isto tudo porque além de irritada com minhas reclamações, ela anda mais irritada ainda com a enorme conivência da maioria de nós brasileiros com a baixa produtividade, ineficiência, descaso, desrespeito e desonestidade da sociedade como um todo!
Creio eu que se a minha mãe, com seus mais de 50 anos, que enfrentou com 3 filhos pequenos a década de 80 e a década de 90, não desistiu do país, é porque ele pode ter jeito e pode ficar mais próximo do ideal de sociedade que todos nós, independe de ideais, temos!
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Faith In Humanity:Fucking Restored!
Pelo que eu entendi: eles criaram vários feixes de laser´s super-poderosos que combinados em um único ponto, geraram a incrível quantidade de 1,9 (no primeiro tiro) e 2,03 (no segundo tiro) mega-joules! O que os cientistas americanos acreditam ser suficiente para iniciar uma reação de fusão nuclear e resolver todos os problemas do mundo!
terça-feira, 27 de março de 2012
Eleições
Enquanto aqui, os editoriais se escondem atrás da falsa premissa de imparcialidade, tirando raras exceções como a Veja, nos EUA a mídia toma partido do seu candidato e expressa suas opiniões de forma objetiva.
Além disto, existe uma abertura maior dos políticos com relação aos ambientes menos hostis da mídia. O ex-candidato a presidência e senador John Kerry produziu um documentário sobre meio-ambiente, o também ex-candidato a presidência e senador John McCain fez uma apresentação hilariante, logo após perder as eleições, no humorístico Saturday Night Live.
Um evento em especifico me chama muita atenção: O jantar da Associação dos Correspondentes da Casa Branca (WHCA)! Alguns presidentes tem aceitado participar do jantar, e aproveitar o ambiente de descontração para um discurso bem menos formal. Um exemplo, foram os stand-up´s proferidos nas duas participações do pres. Obama!
Porém, nenhuma apresentação vai conseguir ser mais engraçada que a do, não tão saudoso, ex-presidente George W. Bush! Uma incrível e surpreendente quebra de paradigma:
sexta-feira, 23 de março de 2012
whatever works
- Álvaro de Campos, 15-1-1928
- TABACARIA
quinta-feira, 22 de março de 2012
assim, simples
(...)
naquele dua convidei-a para ir à praia de carro. como estávamos na metade da semana e o verão ainda não havia chegado, encontramos tudo maravilhosamente deserto. ratos de praia, com a roupa em farrapos, dormiam espalhados pelo gramado longe da areia. outros, sentados em bancos de pedra, dividiam uma garrafa de bebida tristonha. gaivotas esvoaçavam no ar, descuidadas e no entanto aturdidas. velhinhas de seus 70 ou 80 anos, lado a lado nos bancos, comentavam a venda de imóveis herdados de maridos mortos há muito tempo, vitimados pelo ritmo e estupidez da sobrevivência. por causa de tudo isso, respirava-se uma atmosfera de paz e ficamos andando, para cima e para baixo, deitando e espreguiçando-nos na relva, sem falar quase nada. com aquela sensação simplesmente gostosa de estar juntos.
a mulher mais linda da cidade, de crônica de um amor louco.
{buk}
quarta-feira, 21 de março de 2012
conclusões.
segunda-feira, 19 de março de 2012
Arnaldo Antunes
domingo, 18 de março de 2012
Universo
"O universo não é uma idéia minha.
A minha idéia do Universo é que é uma idéia minha.
A noite não anoitece pelos meus olhos,
A minha idéia da noite é que anoitece por meus olhos.
Fora de eu pensar e de haver quaisquer pensamentos
A noite anoitece concretamente
E o fulgor das estrelas existe como se tivesse peso."
Fernando Pessoa/Alberto Caeiro
quarta-feira, 14 de março de 2012
Faith in humanity restored
sexta-feira, 2 de março de 2012
bluebird
wants to get out
but I'm too tough for him,
I say, stay in there, I'm not going
to let anybody see
you.
there's a bluebird in my heart that
wants to get out
but I pour whiskey on him and inhale
cigarette smoke
and the whores and the bartenders
and the grocery clerks
never know that
he's
in there.
(...)
there's a bluebird in my heart that
wants to get out
but I'm too clever, I only let him out
at night sometimes
when everybody's asleep.
I say, I know that you're there,
so don't be
sad.
then I put him back,
but he's singing a little
in there, I haven't quite let him
die.
sábado, 18 de fevereiro de 2012
os doze minutos mais tristes...
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
solidão
eu era um homem que se fortalecia na solidão; ela era para mim a comida e a água dos outros homens.
cada dia sem solidão me enfraquecia. não que eu me orgulhasse dela, mas dela eu dependia.
a escuridão do quarto era como um dia ensolarado para mim. tomei um gole de vinho.
factótum, p. 32-33.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
o que é uma carta?
- Vô, o que é uma carta?
Eu, quem sabe meio esquecido ou confuso, talvez fique pensando a que carta ela estará se referindo. Carta de baralho? Carta náutica? Carta celeste?
- Ah, sim, carta! exclamarei afinal.
E terei uma enorme dificuldade em explicar do que se trata.
Uma carta exigia certa cerimônia, além de data, texto e assinatura. Implicava um tratamento, por exemplo. Uma certa linguagem que, dependendo do destinatário, não poderia ser banal nem usar gírias.
Também não se escrevia carta a qualquer momento. Era preciso criar o momento propício para uma carta. Eu – e direi isto à Luiza – gostava de escrever cartas à noite, depois que as tarefas do dia haviam rendido sua inutilidade, numa escrivaninha junto à janela e fumando alguns cigarros. Parecia romântico e inspirador. Outros preferiam um cálice de conhaque.
O papel devia ser limpo, alvo, imaculado. Qualquer amassado ou rasura e a carta iria pro lixo. Recomeçava-se. Aliás, eram feitas várias versões.
- Isto se chamava “passar a limpo”, Luiza. A gente escrevia e, depois, copiava tudo de novo, com letra melhor, corrigindo os tropeços gramaticais, caprichando na caligrafia.
- Caligrafia, vô?
- Bom, isso eu explico amanhã. Voltemos à carta.
Dependendo de quem fosse o destinatário, da maior ou menor habilidade do remetente, do estado da caneta – aliás, chamadas “canetas tinteiro”; um dia eu explico –, uma carta poderia exigir meia dúzia de versões. A letra, é claro, precisava ser legível, o que seu avô jamais conseguiu, apesar dos esforços que fez.
Era preciso falar do tempo, contar as últimas...
- Que últimas?
- As últimas notícias, Luiza. Não havia jornal das oito. Aliás, não havia televisão.
Aqui Luiza, abismada, abrirá uns olhos enormes, talvez se indagando de onde teria saído aquele avô tão remoto e pré-histórico.
Embaraçado, eu continuaria:
- Bom, depois a gente escrevia a respeito do assunto principal da carta. Começava assim: “o que me leva a escrever...” Quando estudante, eu escrevia a meu pai pedindo um aumento de mesada. Ou escrevia a minha mãe anunciando o dia em que chegaria de viagem, pedindo que me recebesse com uma tainha ao forno. Outros escreviam para discutir problemas familiares, profissionais, contar das últimas namoradas, de um filme lançado aqui em Curitiba e que só chegaria a Blumenau no ano seguinte.
Depois, era só colocar num envelope, selar e levar ao correio.
- Levar ao correio? ela perguntaria. Não é...
- Não. Não é como o e-mail, direi.
- Ah, sei. E por que não escrevia naquela máquina ali?
Luiza apontaria para uma máquina de escrever portável que conservo numa prateleira e na qual datilografei meus primeiros livros.
- Era considerado falta de educação. Carta devia ser manuscrita. Só muito depois é que se começou a aceitar carta datilografada, mas aí eu não era mais adolescente.
E Luiza me olhará com olhos deslumbrados, como se estivesse ouvindo uma história que fosse produto da mais delirante fantasia.
Enfim, precisarei explicar à Luiza que o e-mail – que é tão prático, tão rápido, tão bom – acabou com a mágica das cartas. E ela, menina sensível e imaginativa, ficará maravilhada justamente por conta desta magia perdida. Cartas guardadas, segredos manuscritos, as últimas notícias, confissões íntimas, inquietações da alma. Tudo isto deixará Luiza com a imaginação acesa. E ela entenderá que carta não é um e-mail mais longo. É outra coisa. Assim como um romance não é um conto comprido. É outra coisa. Assim como um amor não é uma atração duradoura. É outra coisa.
E um dia Luiza pegará uma caneta (tinteiro, ainda restará alguma), se sentará numa sala quieta e, sob uma lâmpada pálida, talvez preocupada, talvez com saudades, colocará uma data sobre um papel imaculado e escreverá:
“Querido vovô,”
E descobrirá o que é uma carta.
Luiza me escreve uma carta
Roberto Gomes
Lindo, roubado do blog do Henry Milléo, fotógrafo da Gazeta.
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Viagem no tempo
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Minhas sinceras desculpas
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
um dia, um gato
to watch the bustle of life is always a musing.
and it is fun when one likes people.
yet, one has to look at things from a proper height.
not too high though like astronauts because of their weight lessness.
they don't even have the time do notice what's really going on.
a humble height and a humble tower in a humble small town will do
and one see tragedies as well as trilogies.
now, i'll have a look what's the day like today at home.
trecho do filme az prijde kocour (ou um dia, um gato), 1963.
♥