segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Velho e o Mar

..."Isto acabará por mata-lo", pensou o velho. "Não pode continuar assim toda a vida." Mas quatro horas depois o peixe ainda continuava a nadar compassadamente para o largo, rebocando a canoa, e o velho continuava firmemente instalado com a linha pelas costas e as duas mãos a segurá-las com quanta força tinham ainda seus velhos músculos.
- Era meio-dia quando o pesquei, disse. E ainda nem sequer o vi.
Puxara o chapéu de palha dura para frente antes de agarrar o peixe e agora estava a cortar-lhe a testa. Tinha sede também e ajoelhou-se, com cuidado para não abanar a linha, movendo-se dificilmente para onde estava a garrafa de agua que finalmente conseguiu agarrar com uma mão. Abriu-a e bebeu um trago. Depois encontou-se ao mastro. Ficou sentado, descansando, e tentou não pensar: apenas aguentar.
Depois olhou par atrás e verificou que já não via terra. "Não faz diferença", pensou. "Para voltar posso sempre guiar-me pelo resplendor de Havana. Ainda faltam duas horas par ao pôr do Sol e pode ser que ele venha à tona antes disso. Se assim não for, pode ser que venha para cima com a lua. E se isso também não acontecer, pode ser que se decida a vir à tona com o nascer do Sol. Não tenho cãimbras e sinto-me forte. Quem tem o anzol na boca é ele. Mas que peixe dve ser para puxar desta maneira! Deve ter a boca fechada sobre o anzol. Gostaria de poder vê-lo. Gostaria ver uma só vez para saber o que tenho pela frente."...


Muita vontade de ir pra Cuba, fugir deste frio besta!

1 comentários:

Bernardo Quintão disse...

http://www.showsemcuritiba.com.br/2011/08/05/orquestra-buena-vista-social-club-omara-portuondo-em-curitiba-dia-22102011/

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